É comum ouvir-se dizer que há muito estigma em relação às perturbações mentais.
O estigma pode ser entendido como “uma desaprovação social de indivíduos ou grupos com caraterísticas diferentes da norma, baseada em estereótipos e preconceitos negativos que conduzem à discriminação e que, não raras vezes, se traduz na redução de igualdade de oportunidades” (Oliveira, 2012).
Assim, o estigma é o processo que acontece quando alguma característica diferente é assinalada como indesejável, levando a uma divisão entre ao maioria e o grupo diferente. Como consequência, ocorre a discriminação deste último grupo, dado que foge ao habitual.
São muitas as caraterísticas que podem ser alvo de estigma.
No caso particular das perturbações mentais, os estereótipos e preconceitos negativos estão muitas vezes relacionados com ideias erradas fortemente enraizados na nossa sociedade e cultura. A título de exemplo, é frequente pensar-se que as pessoas com perturbações mentais são perigosas, violentas, imprevisíveis, incompetentes ou até mesmo responsáveis pela sua própria doença, o que não corresponde à verdade.
Estas ideias negativas preconcebidas têm origem, em grande parte, na falta de informação disponível sobre estas condições, o que permite que se propaguem atitudes discriminatórias.
O estigma pode causar desigualdades no acesso a emprego e habituação, mas também pode atuar como uma barreira no acesso aos cuidados de saúde.
Muitas vezes, as pessoas evitam os cuidados médicos e o seu tratamento, numa tentativa de não serem associadas às perturbações mentais, o que pode levar a um agravamento da sua situação clínica.
Como se combate o estigma nas Perturbações Mentais?
Compreender | Aceitar | Divulgar
- Devemos procurar compreender melhor a complexidade da saúde e das perturbações mentais, recorrendo a fontes crediveis de informação.
- Manter espírito aberto e uma atitude tolerante em relação à diversidade humana
- Passar a palavra